MOTIVAÇÃO, RESPONSABILIDADE & ESPIRITUALIDADE (CEZAR CAMARGO)
Em outro texto nesse
mesmo blog, refleti basicamente sobre “O Sofrimento no Trabalho e as
Psicopatologias”, assim entende-se que o modo de adoecer de um indivíduo
provavelmente está diretamente ligado ao modo de viver deste dentro e fora do
ambiente de trabalho, sendo que este contém vários elementos que pode ser a
razão para o sofrimento. Na visão dejouriana, o trabalho contém vários
elementos que influenciam a concepção que o trabalhador tem de sua própria
representação, que pode ser a razão para o sofrimento, e este, por sua vez, é
capaz de desestabilizar a identidade, conduzindo para problemas psíquicos. Quando
Freud escreve o livro Psicopatologia da vida cotidiana seu principal interesse
não é a análise das estruturas psicopatológicas. Seu interesse é, antes,
demonstrar como o inconsciente se expressa no cotidiano. Sua intenção, ainda, é
demonstrar que a psicanálise não se limita ao estudo da anormalidade.
O
adoecimento no trabalho deve ser avaliado no contexto em que acontece, bem como
deve ser pensado no sujeito que sofre, pois, o sofrimento psíquico é anônimo e
suportado individualmente. Pensando nessa questão, precisamos nos conscientizar
que em tese, o ser humano tem três necessidades fundamentais, que devem ser
atendidas no ambiente de trabalho: ser ouvido, ser reconhecido e poder aprender
com os próprios erros.
1) Ser ouvido:
se você é líder, dedique 60 minutos para conversar com sua equipe. Reserve 45
minutos para ouvir e 15 minutos para falar. Desses 15, utilize 10 minutos para
fazer perguntas e use os 5 minutos restantes para dar a palavra final. Com essa
atitude, você vai praticar o “saber ouvir” e atenderá à primeira necessidade
básica.
2) Ser
reconhecido: expresse seu reconhecimento, quando perceber que houve uma
dedicação especial para um trabalho ficar bem-feito. Cumprimente, parabenize,
elogie. As pessoas se sentem felizes quando são notadas e reconhecidas. Assim,
você atenderá à segunda necessidade básica.
3) Ter o
direito de errar: reconheça a intenção positiva da pessoa. Todo comportamento tem
por trás uma intenção positiva. Sempre. Pelo menos do ponto de vista de quem o
pratica. Entender isso pode ser a solução para a maioria dos problemas de
relacionamento com os funcionários. Reconhecer a intenção positiva, dar valor a
ela e buscar alternativas. Essa sequência pode resolver a maioria dos problemas
com a equipe. Fica mais fácil entender o outro, quando nos colocamos em seu
lugar, olhamos a situação com seus olhos e conhecemos o porquê de fazer o que
faz. Dessa forma, é possível desaprovar uma ação feita por um funcionário, mas
ainda assim continuar a valorizá-lo como pessoa. Reconheça a intenção positiva
das pessoas e permita que elas aprendam com seus próprios erros, que assim
estará atendendo à terceira necessidade básica. Manter uma equipe motivada não
é tão difícil, vai depender da atitude do líder.
A motivação é
um impulso que faz com que as pessoas ajam para atingir seus objetivos, envolve
fenômenos emocionais, biológicos e sociais e é um processo responsável por
iniciar, direcionar e manter comportamentos relacionados com o cumprimento de
objetivos, quanto a responsabilidade com origem no latim e que demonstra a
qualidade do que é responsável, ou obrigação de responder por atos próprios ou
alheios, ou por uma coisa confiada.... Pense!!! Responsabilidade e motivação
tem haver com o entendimento do propósito de vida, e desenvolver nossa
consciência a respeito da nossa missão de vida possibilita alcançar voos mais
altos. A motivação como impulso sendo esse vindo da consciência do gera em nós
responsabilidade. Desenvolver a espiritualidade é um processo de autoconhecimento,
enquanto que a religião é parte da psicologia de massas. A espiritualidade diz
respeito a uma jornada individual, cada cultura tem no seu inconsciente
coletivo uma ideia básica espiritualidade. A espiritualidade nos aponta uma nova
consciência é comprovada por atitudes que transcende, práticas objetivas de
amor sem acepção de pessoas, essa nova postura permite a integralidade do ser
que gera responsabilidade e motivação diária. O homem segundo o amor adquiri
consciência plena, e por consequência assume responsabilidade naturalmente por consequência
da ação do amor, nesse nível de entendimento o processo a alta performance é
uma consequência natural saudável, lhe permitirá um entendimento coerente a respeito
de si e do mundo a sua volta.
A espiritualidade
é também um pilar de sucesso, está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento
das virtudes humanas como: compaixão, amizade, respeito, disciplina, força de
vontade, humildade, coragem, esperança entre outras. Desenvolver a
espiritualidade faz parte da história, é fundamental para compreensão do homem
e de seus anseios. Todas as religiões têm algo em comum, pregam amor ao próximo,
a altruísmo, a humanidade a paciência, etc. A verdadeira espiritualidade fala
de conexão, unidade plena, consciência que somos um num todo, e no todo somos
um com os outros para evolução da consciência. A unidade nos permite ir mais
longe, a comunhão nos fortalece. Quando nos conectamos somos curados de nós
mesmos, somos amadurecidos na convivência, para compreender no outro como somos
diferentes. Assumir uma nova postura diante da vida é manifestar o que de mais
lindo há na espiritualidade, o amor.
Eu acredito que
um ser cheio de amor trilha o caminho da saúde plena, anda blindado contra
todos os males da presente geração, a saber a ganância, o apego a matéria que
leva quase sempre corrupção do ser, o desvio da essência interior. As doenças patológicas
são somatizações da desarmonia entre a alma ou espírito como preferir com o
corpo. Não deixe de refletir sobre isso. Nenhum sucesso compensará as dores da
alma. Sim! É possível crescer em todo os níveis de forma bem sucedida e satisfatória.
O teólogo e filósofo Paulo de Tarso ao escrever aos Corintos transcende de
forma maravilhosa ao dizer: “Agora,
pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o
amor”. (1 Coríntios 13:13)
Te desejo
sucesso e paz em seu caminho, abraços e até breve.
Cezar Camargo
Outono – Maio/2018
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